Em entrevista para a rádio CBN, lideranças da CUFA falaram sobre como as favelas tem lidado com a pandemia. A conversa aconteceu na tarde desta quarta-feira(12).
Os entrevistados Preto Zezé, presidente Global, Nega Gizza, co-fundadora e diretora no estado do Rio de Janeiro e Geovana Borges, presidente em São Paulo, explicaram o que a população vulnerável tem feito para sobreviver.
Durante a entrevista, a Geovana Borges ressaltou a importância das favelas para que o isolamento social fosse feito.
“As favelas já tinham problemas antes da pandemia, com a pandemia tudo isso se agravou. E pro asfalto fazer a sua quarentena, a favela trabalhou e continua trabalhando, eles estão saindo pra trabalhar. Ou você vai trabalhar e fica exposto a contaminação ou você fica sem alimento.”, disse ela.
Também foi ressaltada a importância do auxílio emergencial e o senso de comunidade presente nas favelas, já que, dos moradores que conseguiram o benefício 62% usou o dinheiro para comprar comida para si e para os amigos e familiares.
Preto Zezé também ressaltou a importância de fazer o dinheiro chegar nas mãos das principais donas dos lares brasileiros: as mães. Um dos objetivos do projeto da CUFA, Mães da Favela.
“Quando o dinheiro chega na mão de uma mãe da favela, ele não ativa só a economia. Ele ativa proteção social, porque cuida de idosos e crianças. Ativa engajamento, porque essa mãe faz parte de atividades dentro das favelas. E ativa um conjunto de iniciativas porque elas chefiam a maior parte dos lares brasileiros. E não vai existir economia, se não salvarmos as pessoas”
Preto Zezé, Presidente Global da CUFA
Veja a entrevista completa aqui.